quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Blogueiro: a peça-chave

Caros amigos blogueiros, eu não queria que esse post fosse uma puxação deliberada de saco, mas é o que parecerá, no final. Apenas parecerá, pois me comprometo a fazer uma profícua e isenta análise da realidade blogal.

A comunicação foi revolucionada pelos Blogs. Hoje qualquer um pode ser jornalista, expor sua opinião, contar verdades e mentiras, colocar acontecimentos em tempo real na rede e formar um mundo das idéias gratuito e instantâneo sem nenhuma censura ou aparente repressão.

Ultimamente tenho navegado por diversos tipos de Blogs e descoberto quantas idéias surgem neles. O Blog, em sua espontaneidade de informações, trata principalmente do nosso cotidiano. Poderíamos simplesmente ler o jornal do dia e copiar as informações. Mas não, atualizamos nossos Blogs geralmente com idéias.

Nossa missão é importante: numa mão carregamos um punhado de fatos; na outra carregamos um punhado de palavras. Colocamos tudo isso num Blog e formamos idéias.

Eu diria que o Blog é a panela, fatos e palavras são os ingredientes e o blogueiro... Bom, o blogueiro é a colher de pau! A missão da colher de pau é unir esses ingredientes e transformá-los em algo maior do que eram antes. Pois o todo precisa ser maior do que a soma das partes, se a mistura realmente funcionar. As idéias de um Blog, da mesma forma, valem muito mais do que simples palavras e fatos jogados ao vento.

Por isso, creio que somos agentes da mudança blogal. Lançamos nossas idéias sobre os mais simples fatos, utilizando palavras, imagens e toda a sorte de recursos audiovisuais, com o intuito de passar isso a você, leitor. Pois, de que valeria nosso parco conhecimento, se com ninguém pudéssemos compartilhá-lo?

Intervalo nas atividades

Bom pessoal, o próximo post será o último desse ano. Mas acalmem-se, o ano está chegando ao fim mesmo! Eu sei que falar "Nossa, é a última coisa do ano" parece impactante. Mas isso é só uma impressão. Se eu for no banheiro às 23 horas do dia 31 de dezembro, poderei dizer "Bom, essa é a última cagada do ano". Seria impactante, olharia com saudades do último cocô de 2007, mas estaria a reduzidos 60 minutos de 2008.

Portanto, desfrutem do próximo post e dos passados e até a volta, em breve, em 2008!

Um abraço e obrigado a todos que têm passado por aqui. E aos que não têm passado também! =)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O homem dissocial

O homem é taxado como um animal essencialmente social. Isso faz, teoricamente, com que essa espécie tenda a procurar a atenção alheia a todo o momento para satisfazer suas egocêntricas necessidades. A ponte entre a necessidade de se sociabilizar e a sociabilização foi comumente chamada de "comunicação".

A comunicação pode se dar de várias formas. Desde os mais tenros tempos da humanidade até os mais contemporâneos o homem tem desenvolvidos diferentes e, aparentemente, mais eficazes formas de comunicação. Se nos primeiros anos utilizávamos gestos incompreensíveis, sinais de fumaça, desenhos arcaicos, grunhidos grotescos e, claro, o acasalamento, atualmente escrevemos, falamos e, às vezes, piscamos.

No entanto, uma observação da realidade que me cerca mostrou que essas novas e eficientes formas de comunicação não têm ganhado adeptos em todo mundo. Algumas pessoas insistem em manter seus costumes rústicos e antiquados.

Certa vez fui comer no Habib's. Acompanhado de uma amiga, aproveitei a oportunidade para batermos um papo descontraído e desenvolvermos um diálogo faceiro. Pois é, papo vai, papo vem e o tempo passa. De repente, as luzes se apagam. E acendem! E voltam a se apagar... Mas se acendem de novo! Ainda perplexos, fomos supreendidos por um dos atendentes vindo dizer: "Está na hora de fechar o restaurante". Pô, se era para ter que vir avisar de qualquer jeito, porque utilizou a apanacada forma de comunicação descrita?

A princípio, pensei em questionar o fato dele ter chamado aquele cubículo minúsculo e engordurado de restaurante. Eu chamaria, com boa vontade, de "barraquinha". No entanto, me contive e disse um mero "Passar bem".

Ok, até admito que apagar e acender as luzes repetidamente é uma prática há muito disseminada no cotidiano brasileiro. Quando sua mamãe namorava seu papai, sua vovó apagava e acendia as luzes da varanda para avisar que era hora de terminar com aquela pouca vergonha na calçada e entrar para dentro de casa, onde o selo da castidade estaria bem guardado. No entanto, não tínhamos ciência de que redes de fast food também adotavam tal prática.

Até esse momento, eu pensava que as empresas estavam comprometidas com o desenvolvimento de relações mais claras e transparentes. Contudo, percebo cada vez mais que é intrínseco ao ser humano a rara arte de complicar. Quem nunca foi ao shopping ou supermercado e foi surpreendido com uma máquina estúpida que cospe um cartão de estacionamento e fala "Seja bem-vindo à puta-que-pariu"? Falar "Bom dia" a um projeto de robô é, no mínimo, constrangedor. Geralmente eu vejo o crachá do carinha que está entregando os cartões e falo "E aí Reginaldo, beleza?". Ele fica até feliz!

Mas o que impressiona mesmo é que em 99% das vezes essas máquinas ficam sendo monitoradas por um funcionário que pega os cartões. Ora, para quê serve a máquina, então? E de quebra, não dá nem para ver o cracha do funcionário! Essas coisas que me revoltam...

O que concluo de tudo isso é que o ser humano, diante das tantas formas de comunicação já desenvolvidas, tem escolhido aquelas que envolvem o menor contato humano, não as de fato mais eficientes. Seja arcaico, como no caso de acender e apagar as luzes, ou moderno, como no caso das máquinas de estacionamento, nossa evolução (eu chamaria de involução) tem dado tristes mostras de que o homem está cada vez menos social.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Pedido de Natal

O dia hoje foi muito confuso. Véspera de Natal é sempre aquela correria, com muitas compras e lojas lotadas. Sem dizer os preparativos para a viagem de fim de ano.

Fato é que eu estava na rua, cheio de sacolas, carregando presentes como um camelo e com moedas no bolso. Para falar a verdade, aquelas moedas estavam me incomodando. O seu tilintar me deixava impaciente e eu não conseguia distribuí-las igualmente entre os bolsos, dada a quantidade de presentes que carregava. Eu estava até pensando em jogá-las na rua, afinal, valiam tão pouco.

Eis que um garoto me aborda:

- O sinhô me vê uma moeda?

- Não tenho, meu filho - disse apressado.

- Tem sim, eu vi quando o sinhô saiu da loja!

Eu nunca gostei de ser vigiado. Pior ainda por um garoto de uns 10 anos. Ele não estava sujo, mas a manga de sua camiseta estava rasgada, o que me passava uma má impressão. À primeira vista, eu não diria que ele era um pedinte, mas constatei isso com repulsa. Nunca gostei desse tipo de gente. Deviam procurar fazer algo útil em vez de importunar as pessoas na rua...

- Viu errado, garoto. Preciso ir...

- Posso pedir outra coisa?

- Fala rápido!

- Me deseja Feliz Natal?

***

Como você reagiria?

domingo, 23 de dezembro de 2007

A máscara da Pirataria

Vira e mexe quando ligo a TV num desses programas vespertinos odiosos (arghhh), sou obrigado a ver um desses "artistas" fracassados falando mal da pirataria. Já ouvi, pasmem, um cara do grupo Sensação... Ou seria Tradição?... Enfim, algum gênio desses grupos de pagode/samba, dizendo que seria melhor se voltássemos ao vinil. Francamente, nem a Rita Lee depois de vários baseados diria um absurdo desses...

Ocorre que esses artistas (se é que produzem alguma arte) são pecinhas controladas por empresários incompetentes ao dizerem essas besteiras. Ao contrário do que se pensa, muitas vezes a pirataria ajuda o "pirateado". Vejamos o caso do Microsoft Windows. Porque 99% das pessoas utilizam Windows se ele é caro e o Linux é gratuito? Oras, porque o desenvolvimento da pirataria tornou o Windows acessível. Como a maioria dos softwares só roda nele, essa acessibilidade freou o desenvolvimento desses softwares em sistemas alternativos gratuitos. E antes que você pense que pessoas com poder aquisitivo para comprarem um Windows Original passaram a comprar o pirata, a Microsoft, inteligentemente, proporcionou ao comprador do original experiências diferenciadas (mais atualizações, acesso a isso, acesso a aquilo...). Já as empresas são obrigadas a utilizar o original por uma questão de Responsabilidade Social (uma farsa que em breve será abordada por esse blog!)

Com Tropa de Elite ocorreu o mesmo. A pirataria popularizou o filme e o tornou conhecido em todo o país, impulsionando a ida aos cinemas e fazendo uma muito positiva propaganda do filme. Afinal, o cinema é destinado a um segmento de pessoas que buscam uma experiência diferenciada pelo preço que acham justo.

Tal segmentação de mercado se dá pelo preço e pelas necessidades do consumidor. Por mais incompetente que seja, um diretor de marketing não pode querer que uma pessoa que ganhe um salário mínimo compre um Windows Original. O produto não foi feito para essa pessoa. O mercado de um produto é composto por pessoas que têm necessidades, desejos e poder de aquisição desse produto. Ou seja, o artista que reclama da pirataria não tem a noção de que a pirataria satisfaz um segmento que não corresponde àquele que o produto atinge. O dirigente de um time de futebol que não quer ter sua camisa pirateada também não sabe o que fala, já que o segmento da população que compra camisas a 150 reais não é o mesmo que compra camisas a 10 reais no camelô.

Terminando o caso do pagodeiro, esse tipo de ignóbil necessita saber que o segmento que ele atinge com suas músicas sofríveis não tem condições de pagar 20 ou 30 reais num CD. E com a internet, ninguém vai ser bobo de pagar por algo que pode ter gratuitamente. Cabe a ele pensar (algo que é difícil para um pagodeiro) em novas alternativas que entreguem preço e experiência diferenciados ao consumidor, satisfazendo as necessidades e desejos de seu segmento.

Portanto, concluímos duas coisas ao final dessa análise: primeiro, que pagodeiros e afins pensam com a mesma propriedade que uma ameba; segundo, que a pirataria não é algo que traz necessariamente males à sociedade, mas muitas vezes ela é tomada negativamente para mascarar a incompetência das empresas em satisfazer as necessidades e desejos de seus consumidores.

Defeitos especiais


Como diria um amigo meu "Só podia ser coisa de japonês..."

Convencionou-se achar no mercado cinematográfico que um bom filme é um filme cheio de efeitos especiais. Vislumbramos vários exemplares apanacados que investiram pesado nesses efeitos, mas tudo o que conseguiram foi deixar o público com vontade de fazer cocô.

Por exemplo, Guerra dos Mundos, um filme que contou com Tom Cruise, Steven Spielberg e Morgan Freeman em suas fileiras, conseguiu estragar tudo com os efeitos especiais. Nada poderia ser mais repulsivo do que aquele show cretino de contradições e lentidão no fluxo dos fatos. A história do filme poderia ser contada em 5 minutos com qualidade superior ao que alcançaram. A moral final foi pouco conclusiva e, restou a mim, mero telespectador, dormir. Além disso, quem não se lembra de cenas bizarras como no momento em que tudo parou de funcionar, uma câmera de vídeo estava gravando os estúpidos acontecimentos alienígenas?

O fato é que efeitos especiais foram "criados" para serem auxiliares e não atores principais dos filmes. As idéias que estão por trás de tudo fazem a diferença. Basta ver o vídeo acima e perceber como os efeitos especiais podem ser criados sem nenhuma tecnologia "especial", mas apenas com inteligência.

Então, se você acha que essas bugigangas tecnológicas que você compra na Galeria Pajé fazem tudo por você, levante essa bunda gorda da cadeira e vá pensar em algo realmente produtivo!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Boneco do Capitão Nascimento

O personagem do ano ganhou uma versão educativa para as crianças, que não puderam ir ao cinema ver Tropa de Elite (e com certeza não contribuíram com a pirataria).

Quando você aperta no peito ele fala de verdade! São diversas frases que marcaram o filme do ano e vão garantir a diversão da garotada!

Além disso, ele vem com todos os acessórios originais, como as armas, o saco, a vassoura e muito mais! Você não pode perder essa!



Vai deixar o filhão chupando o dedo? Clique aqui e adquira agora mesmo o boneco do Capitão Nascimento!

Coincidência corinthiana

2007 acaba na segunda...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Sobre o capitalismo

E assim findo minhas discussões sobre sistemas político-econômico-sócio-culturais-ideológicos-e-o-caralho-a-quatro:

Por Adolar Gangorra

O sistema capitalista, assim como seu primo distante, o regime socialista, vêm sendo capazes de gerar, através dos anos, as mais inacreditáveis e bizarras anomalias sociais. Como toda utopia fanática, tais doutrinas nunca se cansaram de pregar uma retidão de princípios euclidiana à prova de incoerências. E assim, todos os naturais desvios de rota de ambas são ignorados da forma mais hipócrita possível pelos “governos” (vamos chamar assim por uma questão de etiqueta…) que os implantam. Claras imperfeições como, por exemplo, a mendicância, que há tempos imemoriais cresce avassaladoramente em progressão geométrica, é um bom exemplo deste descuido pantagruélico.

Os raros governos com alguma vergonha na cara ficam desesperados com a presença infame das legiões de pedintes existentes, não por preocupações humanitárias, mas sim porque os milhões de cidadãos paupérrimos representam a prova cabal de uma absoluta inaptidão administrativa e também a inexistência de uma teoria econômica perfeita. Numericamente, o mendigo é o atestado de incompetência dos políticos, administradores, tecnocratas e outros paspalhões do gênero.

Suspeita-se que se o patriarca Moisés tivesse esquecido de anotar nas tábuas sagradas o mandamento “Não Matarás”, não haveria hoje um só esmoleiro sequer na face da Terra. Sim, pois os governantes não hesitariam um micronésimo de segundo em mandar “aquele mondrongo chato da esquina” para a fogueira se o homicídio fosse uma prática legalizada (se bem que, pelo panorama mundial contemporâneo, esteja faltando muito pouco para isso…)

Após estas constatações, o que fazer? Existiria uma solução eficaz para tal problema? O que fazer com a mendigada? Dar um trocado? Dar no pé? Dar um banho? O problema realmente é sério. Já que atualmente temos assistido a uma massificação da economia de mercado globalizado e a um recrudescimento descontrolado do sistema capitalista, nada mais justo do que aplicar esta mesma doutrina em seu próprio bojo, ou seja, nos seus inocentes filhos bastardos, com o chamado “Agenciamento de Mendigos”.

Calcado nas leis trabalhistas vigentes e na mais pura ética profissional, o Agenciamento de Mendigos seria mais uma atividade econômica moderna que qualquer pessoa jurídica poderia exercer e, conseqüentemente, criar empregos, pagar impostos e gerar lucros. Uma Agência de Mendigos, depois de ser devidamente registrada e de posse de um alvará de funcionamento, contrataria um número determinado de pedintes. Estes trabalhariam nas ruas e domicílios, captando recursos direto da população.

Os contratados ganhariam um salário baseado em uma percentagem preestabelecida pela Agência, de acordo com o faturamento bruto de cada mendigo. Os esmoleiros seriam classificados em dez categorias diferentes, de acordo com a especialização de cada um (veja lista abaixo).

Como estratégia de marketing, as Agências de Mendigos poderiam designar um funcionário fixo para cada região. Assim, com o tempo, criar-se-ia um hábito de esmola seguro e confiável, pois a população acabaria se acostumando com o miserável que batesse regularmente à sua porta. Para reforçar essa relação, o pobretão usaria um crachá que sanaria a questão da segurança. E para incentivar o seu staff, estimulando a competição interna, as Agências poderiam oferecer bonificações extras. Tal como as cadeias de fast food fazem, poderia se afixar na empresa um quadro com a fotografia do mendigo de maior faturamento no período de trinta dias, com o título de “O Pé Inchado do Mês”.

Tudo isso conferiria ao mendigão uma cidadania redentora, uma auto-estima inédita e o profissionalizaria, pondo-o no mesmo pé de igualdade de um trabalhador qualquer como, por exemplo, um deputado, de um apresentador de programas da tv aberta e, principalmente, dos colunistas sociais.

O Agenciamento de Mendigos é, indubitavelmente, a saída mais viável e indicada para a salvação da pululante multidão de parias do planeta. Já que, para o sistema, investir em Educação e Saúde é muito menos lucrativo e, por assim dizer, “excitante”, eis uma solução realmente funcional para uma questão seriíssima que a sociedade insiste em ignorar e que tem dado mostras hemorrágicas de tender para o infinito. Com o Agenciamento de Mendigos, o capitalismo selvagem poderá mostrar que, sob sua incansável criatividade até mesmo problemas a serem resolvidos são capazes de dar lucro!

CATEGORIA - MODUS OPERANDI - LUCRO MÉDIO

CATEGORIA
Pobre-Miserável
MODUS OPERANDI
Conta história quilométrica recheada de desgraças apocalípticas. Quase chora.
LUCRO MÉDIO
15%

CATEGORIA
Bêbado
MODUS OPERANDI
Pede dinheiro totalmente encachaçado e ainda diz que é para comprar pão.
LUCRO MÉDIO
Mão na cara

CATEGORIA
Pidão-Compulsivo
MODUS OPERANDI
Não aceita “não” como resposta. Pede qualquer coisa. Utiliza a seguinte ordem: jornal velho, prato de comida, roupa usada, “trocado pra interá a passage”.
LUCRO MÉDIO
60%

CATEGORIA
Aleijado
MODUS OPERANDI
Geralmente trabalha em ponto fixo e conta com auxiliar inexpressivo. Às vezes toca algum instrumento. Varia de cego a homem-tronco.
LUCRO MÉDIO
80%

CATEGORIA
Mãe com Criancinhas
MODUS OPERANDI
Mulher de aparência etíope com, no mínimo, quatro crianças (sendo uma de colo). Explica que o marido morreu ou se pirulitou. Costuma atuar em semáforos.
LUCRO MÉDIO
65%

CATEGORIA
Imigrante
MODUS OPERANDI
Pede grana para poder voltar à terra natal pois foi roubado e não consegue arranjar trabalho. Costuma dar a bênção.
LUCRO MÉDIO
50%

CATEGORIA
Louco
MODUS OPERANDI
Canta todas a músicas do Raul Seixas e fala sozinho na rua, assustando a clientela. Não faz muito sucesso. Carrega saco.
LUCRO MÉDIO
5%

CATEGORIA
Mostra-Bilhetinho
MODUS OPERANDI
Inexplicavelmente apresenta um papel com hieróglifos solicitando algum auxílio monetário.
LUCRO MÉDIO
O papelzinho de volta

CATEGORIA
Velho
MODUS OPERANDI
Emite sons ininteligíveis, sempre com a mão estendida. Perde a paciência facilmente; resmunga, reclama e xinga.
LUCRO MÉDIO
30%

CATEGORIA
Grupo de Moleques
MODUS OPERANDI
Alguns gastam os rendimentos em balinha e outros em cola de sapateiro.
LUCRO MÉDIO
50% ou tiro na cabeça


quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Uh, terror, Adriano Imperador!!!

Foi anunciada oficialmente nesta útima quarta-feira a vinda de Adriano, o Imperador de Milão, para o poderoso São Paulo Futebol Clube.

A Internazionale liberou o centro-avançado por empréstimo de 6 meses, para que ele possa desfrutar da infra-estrutura fenomenal do clube paulista e, assim, recuperar seu bom futebol.

Embora os adversários diretos do Tricolor, como Palmeiras, Santos e Portuguesa, estejam preocupados com a nova aquisição, os benefícios irão se estender a todos eles e, inclusive, ao futebol brasileiro. Explicarei o porquê!

Exposição da marca na Europa não é algo fácil de ser alcançado pelos clubes brasileiros. As iniciativas de marketing têm sido fonte crescente de dividendos aos clubes em todo mundo e, no Brasil, a história não é diferente. Patrocinadores pagam mais, vende-se mais camisas e o nome dos clubes é elevado. Pois bem, a vinda de Adriano para o São Paulo colocará em evidência não apenas o Tricolor Paulista, como também seus rivais. Foi isso que verifiquei no dia seguinte à aquisição do atacante, ao acessar a página do diário esportivo italiano La Gazzetta dello Sport.

Abaixo colocarei alguns trechos e demonstrarei como são grandiosos os serviços tricolores ao futebol paulista:

"il San Paolo del tecnico Muricy rimane il favorito in tutte le competizioni a cui prenderà parte: buona base di squadra, solidità mentale, forti motivazioni e una buona campagna acquisti che ha permesso di portare a Morumbi, quartiere sanpaolino dove ha sede la squadra, insieme ad Adriano, gli ex Botafogo, Juninho (difensore classe ’82 col vizio del gol) e il laterale Joilson"

Observem como Juninho, um zagueiro que até pouco tempo não era nem lembrado pela mídia internacional, agora já é visto como um "clássico estilo 1982 com faro de gol". Francamente, isso que é marketing! Também ressaltaram umas verdades, colocando o São Paulo como um dos principais times do mundo na atualidade.

"il campionato Paulista è nettamente il torneo più equilibrato tra tutti gli statali di maggior livello: quello Carioca (Stato di Rio de Janeiro), quello Mineiro e quello Gaucho (Stato di Rio Grande do Sul)"

Aqui o puxa-saquismo ao campeonato Paulista fica evidente, comparando a outros de menor expressão, como o Carioca.

"Proprio il Santos, la città portuale vicinissima alla capitale dello stato, ha operato il più sentimentale dei cambi di gestione richiamando Emerson Leão alla guida della squadra. L’ex portiere delle Seleção era alla guida della squadra che fu di Pelé all’epoca dell’esplosione di Diego e Robinho"

Aqui começa o trecho em que se fala dos outros clubes beneficiados pela contratação são-paulina, a começar pelo Santos e a apresentação de seu novo treinador, Émerson Leão.

"Il Verdão, rimasto alla fine fuori dalla Libertadores, godrà da quest’anno dei finanziamenti della Fiat."

Nesse trecho citam o Palmeiras e seu novo patrocinador. Aliás, para os palmeirenses de plantão, em breve haverá um amistoso entre Palmeiras e a Juventus de Turim.

"Il Timão è, al netto del Flamengo, la squadra più tifata del Paese (a cominciare dal presidente Lula) ma quest’anno è inopinatamente retrocessa nel Brasilerão. Naturalmente, viaggiando i campionati statali e quella nazionale su binari paralleli, e possedendo ognuno di essi la propria serie A, B, C eccetera, nel Paulista il Corinthians rimane nella massima serie."

O todo-poderoso Timão não poderia ficar fora dessa. Fora citado pelo seu rebaixamento e, mais do que isso, pela torcida do presidente Lula. Ou seja, Adriano já chega tendo influência política sobre o esporte nacional!

"A Santos, Palmeiras, Corinthians, nella contesa per il titolo paulista si aggiungono squadre storiche come Ponte Preta e Guarani (entrambe di Campinas), São Caetano e possibili sorprese come l’Ituano. Vedremo se Adriano tornerà a sorridere anche a inizio primavera."

Por fim, chegamos a parte áurea da reportagem, aonde a Gazzetta vai nas entranhas do nosso futebol e galga times como Ponte Preta, Guarani, São Caetano e, pasmem, ITUANO (!!!), colocando-o como uma das possíveis surpresas do Paulista.

Ou seja, Adriano não apenas fará bem ao São Paulo, como já elevou o futebol paulista, o campeonato paulista e fez times de diminuta expressão (como o Corinthians) ganharem espaço internacional.

Por isso, adversários, torçam para o São Paulo continuar firme, forte e fazendo contratações desse tipo!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Os segredos dos golfinhos

De acordo com um estudo da Universidade Southern Cross, na Austrália, pode-se considerar que os golfinhos tenham linguagem própria:

"Essa comunicação é altamente complexa e é contextual, ou seja, de certa forma poderia ser descrita como linguagem"
disse Liz Hawkins, coordenadora do Centro de Pesquisas sobre Baleias, que passou TRÊS ANOS ouvindo "conversas" de golfinhos da costa oeste australiana.


Segue abaixo um esquema ilustrativo da linguagem dos golfinhos:


E eu que jurava que apenas Eliana Dedinhos sabia os segredos dos golfinhos...

Se você ficou curioso e quer saber mais sobre essa empolgante matéria, clique aqui!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Trombadinha passa trote na Casa Branca...

... E marca reunião com Bush!

Um islandês, não-identificado pela reportagem de NoTablóide, se passou pelo presidente da Islândia, Olafur Ragnar Grimsson, e ligou para a Casa Branca:

"Minha ligação foi transferida várias vezes até eu conseguir falar com a secretária do Bush e agendar um encontro de tarde, dois dias depois"


Veja como é fácil passar um trote em George W. Bush:


sábado, 11 de agosto de 2007

Inutilidade internética

A internet é um recurso muito útil do qual dispomos. Conta com vasta gama de notícias, pesquisas, documentários, assuntos e cultura geral, formando um verdadeiro acervo bibliográfico global. Certamente quem inventou a internet não pensava que ela adquiriria tais proporções, como observamos hoje.

No entanto, da mesma forma que há utilidades, há inutilidades extremas. Além de sempre haver um imbecil que joga um vírus no computador de outrem e pensa "haha, ferrei com o computador dele", como se isso fosse mais engraçado do que ver o Ary Toledo em ação, as notícias e manchetes irrelevantes povoam as telas de milhares de computadores sem propósito algum.

Escolhi, por exemplo, o dia de hoje aleatoriamente para visitar o site do UOL e me deparei com a seguinte manchete em destaque: "Zôo Zoom - Bebê gorila e outros animais esperam o seu voto"(?). Quero dizer, o que há de relevante em votar no bebê gorila? O que ele fez para ser manchete? Tenho que escolher o animal mais "fofinho"? Quem será que se presta a votar numa enquete dessas?

Pelo que eu saiba, nos idos de 1800 as manchetes eram indicadas por um dedo indicador, significando relevância e destaque. Será que nossos jornalistas desaprenderam aspectos básicos de suas profissões? Ou o povo se apaspalhou? Ou os dois?

Para não dizer que eu estou pegando no pé do UOL, acabei entrar no portal Terra, onde encontrei a seguinte notícia: "Brasileiras 'são as que mais reclamam' da impotência masculina". Será que isso vai impulsionar a venda de viagra e mexer com o panorama econômico global?

Enfim, essa é apenas uma exibição lamentável do apanacamento do jornalismo brasileiro. Que falta faz a liberdade dos anos 70, quando não éramos obrigados a ler esse tipo de coisa.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Ombudsman

Eu, Sr. Tablóide, numa iniciativa nobre e inédita, farei uma crítica às postagens deste blog quando achar conveniente. Tratarei hoje do texto abaixo, "Imagens que falam", de maneira crítica e, como sempre, contundente.

A mensagem subliminar que o texto passa é clara: o capitalismo é melhor do que o socialismo. Saindo do mérito de quem é melhor, o argumento apanacado utilizado pela comparação é tão passível de contestação quanto de obrigatória contestação! Dois motivos são necessários e suficientes para embasar tal contestação:

1 - Comparar os dois modos de produção em termos de avanço tecnológico com os argumentos apresentados é esdrúxulo! Ele seria facilmente rebatido se colocássemos um Fusca ano 83 ao lado de um foguete soviético. E isso provaria que os soviéticos são mais avançados que o ocidente capitalista? Alémdisso, o texto sequer leva em consideração a diferença gigantesca de tecnologia dos anos 80 e início dos anos 90 para hoje. Ou seja, essa é a maior das panaquices que esse blog já apresentou.

2 - Um brasileiro que usa esse argumento para elevar o capitalismo só pode ser bobo. Ele sequer poderia desfilar com seu novo Lada nas esburacadas ruas brasileiras, quanto mais se vangloriar da criação de um modelo deste naipe. Ou seja, a utilidade do novo Lada para o brasileiro é igual a zero. Não passa de um apanacado projeto de exibição cretina do capitalismo, sem nenhuma utilidade prática para nós.

Abram os olhos, minha gente! Precisamos separar os posts que nos fazem pensar dos posts que não passam de agressões ideológicas sem sentido. Para isso, o Ombudsman Tablóide está aqui para nos ajudar!

sábado, 4 de agosto de 2007

Imagens que falam


O velho e o novo Lada postos lado a lado numa disputa acirrada e eletrizante para saber qual é o melhor!

Fonte: Rodrigo Constantino

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Elite intelectual eleva o nacionalismo brasileiro


Muitas características elevam a imagem externa de um país. Os ingleses são populares pela pontualidade; os italianos, pela elegência; as suecas, pela beleza; e os japoneses, pela disciplina. Quanto aos brasileiros, o que eleva a nossa imagem são os juízes.

Esperteza, sutileza e perspicácia são características inerentes a esses profissionais, já evidenciadas em distintos momentos da história do nosso país. Nos idos de 1999, descobria-se que o juiz Nicolau dos Santos Neto enriquecia ilicitamente através da construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Para termos uma idéia do poder desse rapaz, ele passou pelos governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique com as torneiras públicas abertas para a sua obra. Ou seja, era politicamente muito esperto!

Já nos idos de 2007, mais precisamente hoje, o juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho demonstrou sua faceta genial ao liberar a sentença referente ao processo do jogador são-paulino Richarlyson contra o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr., no qual o atleta alegava ter tido seu nome sugerido pelo diretor num caso de homossexualismo. Fazendo jus ao brilhantismo desse tipo de profissional, o juiz refutou a acusação com as seguintes frases:

"jogo viril, varonil, não homossexual", ao se referir ao futebol;

"quem se recorda da Copa do Mundo de 1970, quem viu o escrete de ouro jogando (...) jamais conceberia um ídolo ser homossexual";

"Não que um homossexual não possa jogar bola. Pois que jogue, querendo. Mas forme seu time e inicie uma Federação".

E para fechar com chave de ouro, o referido senhor terminou com a poética frase:

"Cada um na sua área, cada macaco no seu galho, cada galo em seu terreiro, cada rei em seu baralho. É assim que penso".

Realmente, a cada dia fico mais embasbacado com a qualidade da elite intelectual brasileira, que apresenta argumentos praticamente irrefutáveis e altamente convincentes. E saúdo os juízes brasileiros, por elevarem a imagem de nosso país. Quem nos dera ter mais intelectuais dessa estirpe...

Fonte: Folha de S.Paulo

CNN Informa




quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Serra chato!



Eu, Sr. Tabloide, resolvi tomar definitivamente as rédeas deste Blog! A Redação estava lenta demais e atrasando as postagens.

Enfim, indo ao que interessa, certamente a Holanda é o país no mundo onde estão concentrados os maiores idiotas do planeta. É impressionante o avanço que os políticos daquele país devem pensar que alcançaram. Lá é permitido a eutanásia ativa e o aborto, e a prostituição foi legalizada. Aliás, hoje em dia é moda ser a favor do aborto e da eutanásia, dá um ar de intelectualidade ao sujeito. Vizinhos desavisados e abobalhados pensam "puxa, ele é a favor do aborto, que mente aberta!...". Pura panaquice. Esse é o típico meio de avaliação simplista e demagógica feita por uma mente medíocre.

E estou falando da Holanda justamente por que o odiado governador José Serra vetou um projeto de lei que obrigava as danceterias noturnas a instalarem bebedouros em suas dependências. A justifictiva é do projeto é que os frequentadores consomem drogas que causam profunda desidratação. Com o preço "absuuuurdo" da água mineral nesses locais, os "jovens" optam pela popular cervejinha. Isso agrava ainda mais a situação de desidratação, podendo levar o indivíduo à morte.

Pois bem, vão meter o pau no Serra: "Puta que pariu, esse cara não quer o bem da humanidade", afinal, é óbvio, ele agiu errado! Poxa, o adolescente não pode ir na balada consumir uma "droguinha esperta" e beber água por um custo mais baixo? Sacanagem! A cerveja custa o mesmo preço da água na balada, então é óbvio que o cara vai comprar a cerveja! Uma questão econômica, vá no supermercado e veja o que é mais caro. Então comprando a cerveja ele estará ganhando!

Daí vem o tal governador e veta a lei que vai melhorar todo o panorama infanto-juvenil da sociedade, afinal estaremos salvando os drogados que pensam no lucro que terão comprando cerveja em vez de água! Mas é um mala mesmo. Sem dizer no bem público que o deputado Simão Pedro (anotem esse nome!) está fazendo. Talvez seja equiparável ao bem que o deputado que obrigou todos os times do Brasileirão a cantarem o hino nacional antes das partidas fez.

Por sorte, o veto já foi derrubado e esperamos que em breve os bebedouros venham servir à sociedade.

Ah, e por que eu citei a Holanda mesmo? Ah sim, é o típico país que aprova esse tipo de lei...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Convidado chega um ano adiantado a casamento

Que é tradição a noiva atrasar no dia do casamento, isso todos nós sabemos. Mas a redação de No Tablóide nunca tinha ouvido falar num convidado que chegou com um ano de antecedência para a festa!

Dave Barclay viajou do Canadá até o País de Gales, no dia 6 de julho de 2007, para descobrir que o casamento de seu amigo, Dave Best, será apenas em 2008! Ele alegou que recebeu um e-mail do noivo que continha o dia e o mês, mas não o ano do casamento. Constrangido, o distraído Barclay ainda colocou a culpa em sua namorada, pois, segundo ele, é ela quem deveria "cuidar dessas coisas".

O Sr. Tablóide, ao ser informado desse acontecimento, lamentou que enquanto uns têm tanto dinheiro para desperdiçar com passagens de avião, roupas novas, cabeleireiros e namoradas descuidadas, outros, como ele, que mal têm dinheiro para pagar a passagem de ônibus, sequer têm condições financeiras para pensar em cometer tal engano.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 10 de julho de 2007

Escocesa é multada por agredir marido na noite de núpcias

Teresa Brown, de 33 anos, foi multada por agredir seu marido, Mark Allerton, de 40 anos, após o casamento.

Eles estavam hospedados no hotel Hilton Treetops, no dia 21 de abril, em Aberdeen, quando Mark apareceu na recepção com um ferimento na cabeça, devido a um golpe de salto de sapato proferido por sua esposa. Os recém-casados tiveram uma discussão e Teresa alegou à polícia que estava "apenas se defendendo".

O incidente também castigou o quarto do hotel, totalizando 500 libras (R$1,9 mil) em danos. O advogado dela, Stuart Beveridge, afirmou que seu comportamento foi causado pela mistura de álcool com antidepressivos naquele dia.


Após levar uma multa de 250 libras e ser obrigada a pagar pelos danos causados no hotel, Teresa Brown foi liberada pela Corte e, como o amor é lindo, ela e seu marido já "resolveram as questões".

O Sr. Tablóide, que acha que em briga de marido e mulher não se mete a colher, confessou à redação que fatos como esse fazem com que ele continue solteiro.

Fonte: BBC Brasil

Ah, se fosse no Brasil...

Foi executado na China, na manhã desta terça-feira (10/06), o ex-diretor da agência que supervisiona questões sanitárias daquele país, Zheng Xiaoyu.

Zheng foi condenado à morte por aceitar o equivalente a R$1,6 milhão em propinas em troca da aprovação de licenças a novos remédios.


Ele havia sido demitido em 2005, após sete anos no cargo, sendo o responsável por doenças e mortes não apenas na China, mas em vários países que importam produtos chineses, devido a remédios e alimentos falsificados ou de baixa qualidade que ele aprovou.

Zheng chegou a apelar da sentença, alegando que havia confessado seus crimes e cooperado com a polícia, mas como a China não é o Brasil, o recurso foi rejeitado.

O Sr. Tablóide, imbuído de um espírito cristão, comemora o fato de atos de corrupção não serem penalizados com a pena de morte no Brasil, pois assim ao menos ainda podemos gozar de um governo fisicamente existente.

Fonte: BBC Brasil