
No entanto, da mesma forma que há utilidades, há inutilidades extremas. Além de sempre haver um imbecil que joga um vírus no computador de outrem e pensa "haha, ferrei com o computador dele", como se isso fosse mais engraçado do que ver o Ary Toledo em ação, as notícias e manchetes irrelevantes povoam as telas de milhares de computadores sem propósito algum.
Escolhi, por exemplo, o dia de hoje aleatoriamente para visitar o site do UOL e me deparei com a seguinte manchete em destaque: "Zôo Zoom - Bebê gorila e outros animais esperam o seu voto"(?). Quero dizer, o que há de relevante em votar no bebê gorila? O que ele fez para ser manchete? Tenho que escolher o animal mais "fofinho"? Quem será que se presta a votar numa enquete dessas?
Pelo que eu saiba, nos idos de 1800 as manchetes eram indicadas por um dedo indicador, significando relevância e destaque. Será que nossos jornalistas desaprenderam aspectos básicos de suas profissões? Ou o povo se apaspalhou? Ou os dois?
Para não dizer que eu estou pegando no pé do UOL, acabei entrar no portal Terra, onde encontrei a seguinte notícia: "Brasileiras 'são as que mais reclamam' da impotência masculina". Será que isso vai impulsionar a venda de viagra e mexer com o panorama econômico global?
Enfim, essa é apenas uma exibição lamentável do apanacamento do jornalismo brasileiro. Que falta faz a liberdade dos anos 70, quando não éramos obrigados a ler esse tipo de coisa.